sábado, dezembro 10, 2011

Ai que saudade

                                Tema repetido: saudade... Tom de texto repetido: triste, soltário... Momento único: não conseguir parar de chorar pensando na melhor abuelita de todos os tempos... Una abuelita super!

sexta-feira, outubro 14, 2011

Abuelita


Yo escribo en otro idioma ya que este sentimiento es otro y en mi lengua no puedo decirle. La vida es otra ahora, más que otra.

Hay un plato vacío en la mesa
Fueran mis manos que lo han olvidado allí
Fueran mis manos que te recuerdan en 
Hay una silla vacía en el entorno
Ella descansa sola y aún caliente
Ella incluso se cansa de esperarte
Hay un sillón, en el rincón de la sala, vacío
Carece de un cuerpo a descansar
Carece una sonrisa que se extiende de allí
Mirando el plato, la silla y el sillón
Olvido, por un segundo, de la cama que ha atormentado
Olvido de los ojos que enrojecen
Olvido de los vasos que quedan vacíos
Olvido de los besos que uno no se la dará
Hay una presencia ausente en la casa
Es tu ausencia que ocupa todo
Es tu presencia que me hace feliz dolosamente ausente
Hay un armario completamente vacío
No existe nada que se ajuste allí
No existe razón alguna para que el exista
Mirando el armario, sintiendo tu ausencia
Recuerdo, siempre, de la llave que debería quitar de mi llavero
Recuerdo de las lágrimas que provocas
Recuerdo de mis madres: madre, tía, abuelita
Recuerdo que nada puede ser hoy como fuera ayer, cuando estabas y eras aquí.
                                                                                           

quarta-feira, maio 11, 2011

Epifania


Hoje sopa sem mosca e batata sem cabelo – criou coragem e pediu

segunda-feira, maio 02, 2011

Fim de verão


Definitivamente, tenho sonhado demais. São sonhos concretos, sonhos abstratos, sonhos concisos, sonhos obtusos, mas são sempre sonhos e a cada dia um novo... Cheguei ao ponto de vivê-los com a intensidade que merece qualquer outra vida... São sempre vidas e a cada dia uma nova... Quem sou eu no meio de tantos sonhos? Serei a parte real deles ou a mais imaginária?
Neste mundo moderno, tudo é tão acelerado para mim. O verão passou correndo por meus olhos: enquanto eu cochilei e li um livro, ou dez, acabaram as férias, e eu voltei ao ritmo caótico da cidade. Não serei hipócrita, quis mesmo que acabasse o marasmo da folga, da ausência de horário e o deus-dará de quem não tem compromisso algum, mas nem tão rápido assim! Aproveitei tão pouco o vento do litoral, o nascer do sol, irritantemente, calmo e belo, a areia suja no final da tarde, mas ainda assim areia, natureza, e só nisso, sempre, tem certa beleza indecifrável!
Mas acabou e o que acaba não tem volta, ou tem? Essas idéias muito cabalísticas agradam-me e muito, mas serão corretas para todos ou, simplesmente, valorações minhas?
Passou o verão, passaram amigos novos que rodopiaram minha vida e antigos que a refloresceram, passou o calor maçante e desumano, bom, na verdade o calor não passou e é ainda pior na cidade. Tudo que envolve o lado negativo do verão, na cidade, fica muito pior: o sol fica tão humano que causa mais mal, fere, deixa fraco e impede qualquer movimento pouco mais vivo do que o de abanar-se e de arrastar-se pelas ruas; ruas que cheiram mal, o calor tem disso, faz os maus cheiros mais fortes; as pessoas ficam asquerosas, caras abatidas e lustrosas, pintadas com olheiras profundas e gotículas no nariz, e no buço, e no pescoço. Porque eu reclamava mesmo do fim do verão?
O fato é que ele passou e fim.

Uma mesa de bar e The doors em um reino muito, muito distante


Sininho esperava passar da hora para chegar ao local... ficou assim pensando e assim pensando o tempo passou.

Uma noite incrível. Muita vergonha. Sorrisos exagerados. Mais vergonha. Um toque na mão. As mãos ficaram juntas. Um, dois, três toques no rosto e no cabelo. Sorrisos exagerados. Muita vergonha.

O príncipe se aproxima e surge uma questão: sininho e príncipe juntos? Sim... juntos...

Passou da meia-noite: sininho continuou sininho e o príncipe continuou príncipe. Houve a despedida: ele terminou com um "até mais" e ela com os olhos de cor indefinida brilhando: "até". Sorrisos.

Em casa Sininho ouviu um som mágico correu até a bolsa: "Adorei. Boa noite...". Ela sorriu naturalmente, respondeu e adormeceu profundamente...

No dia seguinte e nos outros, papelotes foram rabiscados e, em seguida, rasurados: Sininho, sempre tão esquiva, parecia não conseguir fugir, mas tentava.  Foi à praia sozinha, mas durante a viagem ela percebeu que mesmo longe ele estava vivo na lembrança; recorreu ao seu melhor amigo, mas era fato: estava mudo; distraiu-se de si mesma nos dias de chuva; arrumou o quarto como quem ordenava a vida; leu sem atenção os mesmos livros já lidos; deixou o corpo chorar no calor sem reação... só pensava nele...

Acontece que o príncipe era realmente especial: afastara Belas Adormecidas e olhava agora para uma personagem secundária com os olhos mais doces que podem existir e com um sorriso contagiante... ela se apaixonou por ele e não pode e não quis mais se esquivar.

E agora, José?
A única coisa a fazer é tocar um tango argentino...

terça-feira, abril 12, 2011

Aos meus alunos

Cafés
Especialista com muito gosto
Ausência
A mais imperial presença
Silêncio
Minhas mais belas colocações
Música
Meu samba é um movimento regressivo
Tempo
Flexíveis algemas
Cinema
Soy una película antigua
Esquecimentos
Lembranças das coisas que não sei se aconteceram
Fluxos de (in)consciência.
Constante ato de ser tão outro e tão diverso que me é, sempre.
Fim, finalizações e conclusões.
Especialista sem querer ser.
Efemeridade
Problema e solução, nunca ao mesmo tempo.
Caos
Minha vida
Incomunicabilidade
Inevitavelmente resolvível
Na minha vida, uma pedra nunca é só uma pedra.