segunda-feira, maio 02, 2011

Uma mesa de bar e The doors em um reino muito, muito distante


Sininho esperava passar da hora para chegar ao local... ficou assim pensando e assim pensando o tempo passou.

Uma noite incrível. Muita vergonha. Sorrisos exagerados. Mais vergonha. Um toque na mão. As mãos ficaram juntas. Um, dois, três toques no rosto e no cabelo. Sorrisos exagerados. Muita vergonha.

O príncipe se aproxima e surge uma questão: sininho e príncipe juntos? Sim... juntos...

Passou da meia-noite: sininho continuou sininho e o príncipe continuou príncipe. Houve a despedida: ele terminou com um "até mais" e ela com os olhos de cor indefinida brilhando: "até". Sorrisos.

Em casa Sininho ouviu um som mágico correu até a bolsa: "Adorei. Boa noite...". Ela sorriu naturalmente, respondeu e adormeceu profundamente...

No dia seguinte e nos outros, papelotes foram rabiscados e, em seguida, rasurados: Sininho, sempre tão esquiva, parecia não conseguir fugir, mas tentava.  Foi à praia sozinha, mas durante a viagem ela percebeu que mesmo longe ele estava vivo na lembrança; recorreu ao seu melhor amigo, mas era fato: estava mudo; distraiu-se de si mesma nos dias de chuva; arrumou o quarto como quem ordenava a vida; leu sem atenção os mesmos livros já lidos; deixou o corpo chorar no calor sem reação... só pensava nele...

Acontece que o príncipe era realmente especial: afastara Belas Adormecidas e olhava agora para uma personagem secundária com os olhos mais doces que podem existir e com um sorriso contagiante... ela se apaixonou por ele e não pode e não quis mais se esquivar.

E agora, José?
A única coisa a fazer é tocar um tango argentino...

Um comentário:

Renata B. Ortiz disse...

Ai, que bonito! O príncipe perdeu o encanto, caiu na real, rasgou o script e amou de verdade! =)