domingo, novembro 29, 2009

Efeitos das conclusões

Estudo, escrevo e crio modestamente.
Bebo o café que está acabando e lembro de la tequila que se findó ontem.
Perco minha lingua que já foi, em tempos outros, tão minha.
Es impossible manter-me distante da selvageria.
Sim! Falo do selvagem que nos é.
Falo da selvageria que nos constitui como somos: latinoamericanos da América Latina.
Não sou de fronteira física/territorial, mas sou de fronteiras mil.
Sou sempre um punto en que algo comienza a se hacer presente.
Busco siempre a palavra errada, visceralmente, busco meu desvio: selvagem.
Sigo no entre-caminho, no não-lugar, constituo-me do que não é ainda ou nunca será
Me atraio pelo que, quixotescamente, pensa que virá a ser
E entrego-me às veias abertas de um nada-rico, que me consome e destrói pouco-a-pouco.
Corro por entre estradas tortas rondeando os corpos deixados de outros que como eu se souberam muitos
E escrevo errado do erro bom que produz um estranho de que não me envergonho.
Escrevo selvagemmente, selváticamente e como melhor me convir.
Escrevo com as visceras enquanto o café acaba, o trabalho exige um fim e a mente só pensa em parar.