- Então é isso?
- Acho que sim...
(Silêncio de dor compartilhada. Silêncio molhado).
- Preciso desligar... está doendo...
- Para quem vou ligar para dar boa noite?
- Não sei... eu... não sei...
(Silêncio da dor da idéia da ausência que se aproxima. Silêncio soluçado).
- Tchau...
- Adeus?
- É... acho que é adeus...
(Silêncio de fim. Silêncio e só).
- Acho que sim...
(Silêncio de dor compartilhada. Silêncio molhado).
- Preciso desligar... está doendo...
- Para quem vou ligar para dar boa noite?
- Não sei... eu... não sei...
(Silêncio da dor da idéia da ausência que se aproxima. Silêncio soluçado).
- Tchau...
- Adeus?
- É... acho que é adeus...
(Silêncio de fim. Silêncio e só).
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Foram anos, meses e um instante.
Foram anos de sorrisos, de toques, de desejo, de olhares trocados. Foram anos de corpos confundidos, de companhia, de diálogos. Foram anos que resultaram em meses de vozes alteradas se impondo uma a outra, meses de risos rompidos, meses de olhares mal entendidos, meses de corpos fugindo. Meses que pareciam durar mais do que os anos e, no fim, tudo é silêncio.
No fim, não houve voz inquieta que ousasse falar ou que quisesse se impor. No fim, não houve companhia que permanecesse. Houve a ausência, houve o não haver mais nada. O vazio só preenchido pelo silêncio, pela impossibilidade de qualquer outra coisa que não o silêncio.
A dor dos meses foi pequena: havia mais raiva do que dor. A dor durante o silêncio foi imensa e fez parecer que os anos valiam mais do que os meses e, assim, não mereciam aquele instante: o final.
Nos anos, compartilharam suas vidas. Nos meses, viveram juntos o descompasso. No fim, compartilharam dor e viveram juntos o silêncio.
Foram anos, meses e um instante.
Foram anos de sorrisos, de toques, de desejo, de olhares trocados. Foram anos de corpos confundidos, de companhia, de diálogos. Foram anos que resultaram em meses de vozes alteradas se impondo uma a outra, meses de risos rompidos, meses de olhares mal entendidos, meses de corpos fugindo. Meses que pareciam durar mais do que os anos e, no fim, tudo é silêncio.
No fim, não houve voz inquieta que ousasse falar ou que quisesse se impor. No fim, não houve companhia que permanecesse. Houve a ausência, houve o não haver mais nada. O vazio só preenchido pelo silêncio, pela impossibilidade de qualquer outra coisa que não o silêncio.
A dor dos meses foi pequena: havia mais raiva do que dor. A dor durante o silêncio foi imensa e fez parecer que os anos valiam mais do que os meses e, assim, não mereciam aquele instante: o final.
Nos anos, compartilharam suas vidas. Nos meses, viveram juntos o descompasso. No fim, compartilharam dor e viveram juntos o silêncio.